Coluna Científica “Auditoria Médica na Prática”, pelo diretor científico Dr. Sergio Dias
Medicina Baseada em Evidências na Auditoria: por onde começar?
📅 #Semana2 da série #AuditoriaMédicaNaPrática
📚 Você já se perguntou o que realmente significa “basear-se em evidências”?
Para além do jargão, a MBE é a espinha dorsal de qualquer decisão técnica sólida — inclusive na auditoria médica.
Afirmamos com tranquilidade: nenhum parecer técnico pode ser considerado robusto se não estiver sustentado por evidências científicas bem avaliadas.
⚖ O que a MBE traz de essencial para a Auditoria Médica?
✔ Diferenciar opinião clínica de evidência confiável.
✔Compreender o nível de qualidade de cada estudo: não é tudo igual.
✔ Evitar decisões baseadas em achismos, pressões ou interpretações subjetivas.
✔ Avaliar diretrizes, DUTs e protocolos com criticidade.
✔ Fortalecer a defesa técnica em pareceres e processos judiciais.
🧠 Um exemplo prático e recorrente:
Imagine a solicitação de uma artroplastia total de joelho para um paciente com osteoartrite avançada.
O auditor, ao receber esse pedido, não decide com base em preferências ou autorizações anteriores. Ele:
Consulta diretrizes baseadas em evidências sobre quando a cirurgia está indicada.
Analisa os estudos mais recentes sobre custo-benefício, efetividade e alternativas.
Avalia se houve tentativa documentada de tratamento conservador.
Considera o impacto funcional e clínico no paciente específico.
🎯 Resultado? Uma decisão mais segura, justa, tecnicamente defensável — e que respeita tanto o paciente quanto o sistema de saúde.
📣 Nosso papel, como auditores, médicos ou gestores, é garantir o cuidado mais seguro, justo e baseado no melhor conhecimento disponível.
🔍 Ao longo da série, você verá como aplicar MBE em:
Glosas técnicas,
Pareceres de reembolso,
Demandas judiciais e mais.
📌 No próximo post:
“Como interpretar corretamente o Rol da ANS, as DUTs e as Diretrizes Clínicas”
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🔎 Referências:
Guyatt G, Rennie D, Meade MO, Cook DJ. Users' Guides to the Medical Literature. JAMA Evidence. 3ª ed.
Greenhalgh T. How to Read a Paper: The Basics of Evidence-Based Medicine and Healthcare. 6ª ed.
Balshem H et al. GRADE guidelines: introduction and rationale. J Clin Epidemiol. 2011;64(4):383–94.
Oxford Centre for Evidence-Based Medicine – Levels of Evidence.
