PIONEIROS DA AUDITORIA

Nome Completo: Márcio Vinicius Balzan 

CRM/UF: 53.345 - SP

Faculdade e ano de formação: Faculdade de Medicina de Jundiaí - 1985

Título de Especialidade / RQE: Pneumologia – RQE: 12.854

Residência Médica: instituição e especialidade: Hospital do Servidor Público Estadual – IAMSPE em Pneumologia

Pós-graduação / MBE: instituição e área: Medicina do Trabalho pela USP em 1993 e Mestrado em Administração de Empresas com ênfase em Hospitais e Sistemas de Saúde pela EAESP – FGV em 2000.

Tempo de atuação em auditoria médica e atividades desenvolvidas

Iniciei minhas atividades na auditoria em 1997, quando fui designado Primeiro Coordenador da Auditoria e Regulação em Saúde no município de Jundiaí – SP, época da implementação da Gestão semiplena da saúde, segundo norma operacional básica da saúde - NOB 93. Trabalhei na esfera SUS até 2000.

Na entrada em vigor da Lei 9656/98 em 02 de janeiro de 1999 fui para Medicina de Grupo, dividindo o meu tempo entre as obrigações do SUS e a medicina suplementar e depois passei pela Seguradora em Saúde, autogestão e nos últimos 17 anos trabalho na gestão do sinistro para três Unimeds localizadas no interior do Estado de São Paulo.

Quais as funções desempenhadas pelo auditor médico e qual a mais importante em sua opinião?

A principal função do médico auditor é fazer o médico solicitante repensar o seu plano de investigação diagnóstica e até mesmo técnica cirúrgica quando indicada. Tudo está muito no automático. Tem muito copia e cola sistematizada, não individualizado para cada paciente, resultado do pouco interesse que a maioria dos profissionais demonstram para os seus pacientes.

Vejo que o melhor resultado obtido pela auditoria está nas ações de Regulação em saúde, antes da autorização daquilo que foi pedido. Outra ação com resultado importante é desempenhada pela auditoria concorrente, durante as diversas internações. É salutar  fazer o prestador repensar o que está querendo desenvolver. É sair do glosar, depois que a conta é apresentada, para a discussão da pertinência seja da permanência hospitalar, manutenção em UTI, etc. 

Quais as maiores dificuldades dentro da atividade enquanto médico auditor?

Ainda encontro muito despreparo dos médicos assistentes quando são arguidos por qualquer motivo. Sentem-se ofendidos com os questionamentos realizados. Poucos se dispõe a conversar e explicar a conduta que tomou ou pretendia tomar. 

Outra questão que tenho visto é a baixa formação médica dos colegas mais novos que partem para auditoria. Talvez agora, com a exigência de uma especialidade médica prévia a coisa melhore. Já vi ortopedista que se negava a avaliar cirurgia de coluna por desconhecimento e falta de interesse em estudar o assunto.

Qual a importância da SBAM na sua opinião e o que esperar da sociedade?

A sociedade deverá manter o canal de atualizações para os associados, tanto nos aspectos legais como técnicos com assuntos que estejam no topo das preocupações do grupo de discussão dos auditores.

Oferta de cursos periódicos sobre os diversos temas, além das organizações de lives e encontros presenciais.

Não podemos esquecer dos nossos congressos anuais.

Quais os maiores desafios a serem enfrentados pela SBAM?

Entendo que um dos principais seja incutir nos gestores hospitalares e operadoras a necessidade da qualificação dos auditores que passarão a desenvolver atividades de regulação e auditoria.

Parabéns aos amigos  e amigas auditores e auditoras pela linda iniciativa de valorização do trabalho em auditoria em saúde.